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Rumores sobre nova greve dos caminhoneiros se espalham pelas redes sociais

por Central de Jornalismo
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Áudios em circulação no WhatsApp anunciando nova paralisação geral dos caminhoneiros após o feriado do Dia da Independência, devido ao não cumprimento pelo presidente Temer das medidas anunciadas na greve geral de maio passado, criaram instabilidade e apreensão no fim de semana.
Boato ou não, notas oficiais, entre as quais da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), e da União dos Caminhoneiros do Brasil (UDC), e Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) trouxeram informação mas não eliminaram desconfianças sobre a possibilidade de a greve acontecer.
Devido o aumento do preço do óleo diesel (reajuste de 13% no dia 31), a ANTT informa em nota que nesta semana “promoverá os ajustes necessários” na resolução 5820/2018, que fixa a metodologia e publica a tabela com preços mínimos do transporte rodoviário de cargas, em cumprimento ao disposto na Lei 13.703/2018.
No parágrafo 3º do seu quinto artigo, a lei diz que quando ocorrer oscilação no preço do óleo diesel no mercado nacional superior a 10% em relação ao preço considerado na planilha de cálculos, para mais ou para menos, nova norma com pisos mínimos deve ser publicada pela ANTT, considerando a variação no preço do combustível.
Caminhoneiros
No dia último dia 30, quando a Petrobras anunciou a alta do diesel, a UDC comunicou que dentro de 10 dias fará “uma mobilização nacional paralisando por tempo indeterminado em todo transporte rodoviário de carga”. A nota, porém, não faz referência à tabela de fretes mínimos e sim a outras reivindicações.
Conforme a UDC, o objetivo da paralisação é chamar a atenção do governo federal “pelo não estabelecimento e não cumprimento da fiscalização da ANTT e a devida e prometida ampla divulgação dos pontos de fiscalização como prevê a lei 13.703”, de agosto passado.
A direção da UDC pede a “dissolução da diretoria da ANTT”, que acusa de incompetente, cumprimento imediato da fiscalização e divulgação dos pontos de fiscalização pela ANTT, celebração de acordo com as secretarias da Fazenda de todo o território nacional, e espaço em cadeira cativa permanente de um representante da categoria na ANTT.
Já a Abcam lembra que a alta do diesel chega a 14,4% em alguns Estados e informa que solicitou à Casa Civil audiência para tratar reajuste do óleo diesel. A Abcam diz na sua nota que se mantém vigilante no cumprimento do acordo realizado com o governo federal, “e que sempre acreditou no diálogo, fará o possível para evitar uma nova paralisação”.
Dois áudios
Em seu comunicado a PRF afirma que as mensagens em redes sociais e os áudios não tiveram autenticidade comprovada, sobre a convocação da paralisação a partir da madrugada desta segunda (3 de setembro). “Ficou constatado que alguns são áudios antigos, veiculados em manifestações anteriores”, diz a PRF.
Quanto ao outro áudio (paralisação após o feriado), a PRF o atribui ao caminhoneiros autônomo Wallace Landim, conhecido como Chorão, da UDC. Porém, “a União não possui representante legal, e não há registros que tenha participado de qualquer negociação anterior em prol da categoria”, afirma a nota da PRF.
O texto conclui: ” Diante deste cenário, não podemos descartar uma nova paralisação da categoria, embora a possibilidade seja bastante pequena. Além disso, as lideranças são difusas, o que pode acarretar em manifestações pontuais e sem uma coordenação.O assunto continua em acompanhamento”.
Fonte: Correio do Povo

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