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Piranhas vermelhas se espalham e tem risco de atingir Rio Tramandaí e outras lagoas do Litoral Norte

por Paula Borges
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Com a volta do calor e baixos níveis de chuva, a piranha vermelha (Serrasalmus Maculatus), peixe agressivo típico da bacia do Rio Uruguai, segue atravessando o Rio Grande do Sul.

Ela já é encontrada em regiões da Bacia do Jacuí, além do Guaíba e Lagoa dos Patos.

Como não é um peixe nativo dessas áreas, a presença da palometa pode causar um desequilíbrio ambiental e interferir também na economia de locais que dependem desse equilíbrio.

A principal causa apontada por especialistas para a migração das palometas da bacia do Rio Uruguai para outras regiões é a drenagem em canais de irrigação de lavouras que retiram a água de uma bacia e desaguam em outra.

A partir disso, não há barreiras naturais que impeçam a proliferação por rios e lagoas, com risco da espécie se aproximar do Litoral Norte.

A introdução aconteceu, provavelmente, por bombas de irrigação na parte central do Estado. Logo, ela estará em todo o sistema hidrográfico gaúcho, como nos rios Camaquã, Piratini, Jaguarão, etc., e na Lagoa Mirim.

Talvez ainda passem para as lagoas costeiras do sistema do Rio Tramandaí —indicou Luiz Malabarba, professor e pesquisador do departamento de Ictiologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em entrevista a Zero Hora.

Para o pesquisador, é urgente a necessidade de evitar a transposição da palometa, que já está na Lagoa dos Patos, para as lagoas costeiras da Bacia do Piranhas vermelhas.

Esse “transporte” da piranha poderia acontecer pela conexão artificial entre a Lagoa do Casamento (Bacia da Lagoa dos Patos) e a Lagoa Fortaleza (Bacia do Rio Tramandaí), por meio de canais de irrigação.

— Se você viajar pela RS-040, vai constatar o início do plantio e brotação do arroz. Quando houver o bombeamento de água para estes canais e o esvaziamento dos campos de arroz, de uma bacia para a outra, corremos o risco de estar fazendo a introdução da palometa no Litoral Norte — afirmou o professor.

Na avaliação do professor Uwe Schulz, da Unisinos, não existe uma solução pronta para ser utilizada diante do problema. Há possibilidades a serem consideradas.

Uma delas é o uso da eletricidade para diminuir ou impedir a entrada de peixes em bombas de água.

É possível que seu uso impeça a expansão da área de ocorrência de uma espécie, a partir da aplicação de um campo elétrico.

Fonte: Litoral Mania

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