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“‘Desceu à mansão dos mortos, ressuscitou ao terceiro dia…’ O que isso significa?”, essa é a reflexão proposta pelo bispo da Diocese de Osório em A Voz do Pastor de hoje

por Melissa Maciel
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“Neste tempo da Quaresma, podemos refletir sobre os mistérios que precedem a ressurreição de Cristo. Partilho com vocês, afirma o bispo da Diocese de Osório, dom Jaime Pedro Kohl, uma reflexão do escritor Sanobio. Sim, Jesus desceu a “mansão dos mortos”, libertou os justos e recapitulou todas as coisas mediante seu SIM fiel. Naquele “Lazaro vem para fora” podemos acolher o convite de Jesus a deixar aquelas amarras que nos paralisam e impedem de caminhar com vigor sempre crescente em direção a meta: a comunhão com Deus e com os irmãos.

É possível acompanhar também o programa “A Voz do Pastor”, aqui na Rádio Maristela 106.1 FM, aos domingos, às 8h50min, e no site www.diocesedeosorio.org e nas redes sociais da Diocese de Osório.

Confira na íntegra:

Partilho com vocês essa reflexão do escritor, Sanobio, pois pensei que pode interessar a muitos:

“Neste tempo da Quaresma, podemos refletir sobre os mistérios que precedem a ressurreição de Cristo. Pensemos, por exemplo, o que faz Jesus no espaço de tempo entre a morte e a ressurreição. A fé cristã nos diz que Cristo desceu à “mansão dos mortos”. Na tradicional oração do Credo assim oramos: “desceu à mansão dos mortos, ressuscitou ao terceiro dia…”. O que isso significa?

 A Igreja ensina que esta expressão não significa apenas que Cristo morreu, mas também que, antes da ressurreição, desceu para a “Morada dos Mortos”.  Lá Cristo libertou os justos que o haviam precedido e que, como nós, também precisavam da redenção em razão do pecado original.  Assim, Jesus Cristo é redentor dos mortos de todos os tempos.

 Por isso, a Bíblia revela que o Evangelho foi igualmente anunciado aos mortos. A Igreja explica que “Jesus não desceu à mansão dos mortos para de lá libertar os condenados, nem para abolir o inferno da condenação, mas para libertar os justos que o tinham precedido”.

O Papa Bento XVI explicou: “Esta palavra da descida do Senhor à mansão dos mortos quer sobretudo significar que também o passado é alcançado por Jesus, que a eficácia da Redenção não começa no ano zero ou trinta, mas vai também ao passado, abrange o passado, todos os homens de todos os tempos. Os Padres dizem que Jesus toma pela mão Adão e Eva (a humanidade) e a guia em frente, para o alto”.

Podemos entender que “toda a vida de Cristo é mistério de Recapitulação”. Santo Irineu explicou assim: “Quando ele se encarnou e se fez homem, recapitulou em si mesmo a longa história dos homens e, em resumo, nos proporcionou a salvação, de sorte que aquilo que havíamos perdido em Adão o recuperamos em Cristo Jesus. Por isso que Cristo passou por todas as idades da vida, restituindo com isto aos homens a comunhão com Deus”.

O Catecismo da Igreja Católica apresenta uma antiquíssima homilia de autor grego desconhecido que diz: “Um grande silêncio reina hoje na terra, um grande silêncio e uma grande solidão. Um grande silêncio porque o Rei dorme. A terra tremeu e acalmou-se porque Deus adormeceu na carne e foi acordar os que dormiam desde séculos… Levanta-te dentre os mortos, eu sou a Vida dos mortos”.

Em Romanos lemos: “Cristo morreu e reviveu para ser o Senhor dos mortos e dos vivos”. A Igreja crê que “a chave, o centro e o fim de toda a história humana se encontram no seu Senhor e mestre” (GS,10)”.

Sim, Jesus desceu a “mansão dos mortos”, libertou os justos e recapitulou todas as coisas mediante seu SIM fiel. Naquele “Lazaro vem para fora” podemos acolher o convite de Jesus a deixar aquelas amarras que nos paralisam e impedem de caminhar com vigor sempre crescente em direção a meta: a comunhão com Deus e com os irmãos.

Para refletir: Consigo perceber a ação restauradora da humanidade e do cosmos em Cristo Jesus? Sinto-me dentro dessa nova condição? Permanece ainda a possibilidade da condenação eterna? Por que, sim?

Textos bíblicos: Ez 37, 12-14; Rm 8, 8-11; Jo 11, 1-45; Sl 129(130).

Fonte: Ascom Diocese de Osório

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